quarta-feira, 21 de abril de 2010

cães-guia = autonomia, amor e inclusão social.

O treinamento de um cão para se tornar guia demora, em média, dois anos e custa o equivalente a R$ 25 mil no Brasil. O Projeto Cão-Guia a Escola de Cães-Guia Helen Keller cadastram deficientes visuais sendo que estes não pagam pelo animal, mas precisam enfrentar a fila de espera de tempo indeterminado. Ao conseguirem o cão, este lhe é cedido e caso algo de errado aconteca, como maus tratos por exemplo, o cão deve ser devolvido ao Projeto, pois para que trabalhe perfeitamente, o cão-guia precisa seguir uma rotina rígida, receber alimentos nos horários corretos, além de fazer visitas frequentes ao veterinário e, ao menos uma vez por ano, passar por uma reciclagem do treinamento. 

Uma das maiores vantagens do cão-guia em relação à bengala é a possibilidade de desviar de objetos acima do chão. poia a bengala proporciona o domínio de 1,5 metro à frente e não detecta um orelhão ou um galho de árvore. Já o cão-guia protege de todos os riscos. Além disso o cão-guia conta com uma vantagem importantíssima em relação à bengala que é a integração social. Na maioria das vezes as pessoas se aproximam do cão e consequentemente conversam com o deficiente visual. Com a bengala, noa máximo as pessoas perguntam se os deficientes necessitam de ajuda, mas a conversa acaba aí (se identificou? rs). Todos saem da frente e não falam nada.
Porém existe uma triste realidade no Brasil, pois existem cerca de 60 cães-guia para 1,4 milhão de cegos sendo assim, só resta duas opções para eles: aguardar pacientemente na fila de espera de uma ONG por tempo indeterminado ou comprar o animal fora do país.

A coordenadora do Projeto Cão-Guia, Michele Pöttker, afirma que há cerca de 300 deficientes visuais na fila de espera da instituição. A ONG teria capacidade para entregar 25 cachorros por ano, mas, por falta de recursos, em 2009, preparou apenas quatro. No total, em nove anos, o projeto beneficiou 35 pessoas.
“A solução para treinarmos mais seria o apoio financeiro do governo ou de empresas. Estamos buscando parceiros para dar continuidade ao projeto”, diz.
[extraído do portal G1de notícias]

Quem tem dinheiro para adquirir um cão no exterior precisa pagar a viagem e os gastos do período de adaptação de cerca de um mês para integrar animal e dono, além do valor cobrado pelo bicho. É evidente que nem todos têm condições, pois este processo é bastante caro ainda mais quando se fala em brasileiros que ganham apenas o suficiente para sobreviver.
>> Esta causa é tão importante que deveria ser abraçada pelo governo do Brasil, pois é mais que questão de se ter um guia, é questão de obter uma forma de viver com qualidade e a partir de então lutar de forma justa pela felicidade. O que se gasta para treinar cães é pouco dinheiro em comparação ao que se gasta com política por exemplo. Não estou querendo discutir aqui a questão da desonestidade na política, mas sim, a questão de pensar em prioridades e a saúde, com certeza, deve ser considerada a maior prioridade de uma sociedade. Saúde não é apenas o bem-estar físico, mas como define a OMS, saúde se refere ao besm-estar fisíco, mental e social. Com saúde é mais fácil lutar pela educação, pelo emprego, pelo futuro.
Fica aqui a dica.

Serviço
Interessados em obter um cão guia, patrocinar ou ser voluntário nos projetos podem entrar em contato com as instituições:

Escola de Cães-Guia Helen Keller
www.caoguia.org.br

Projeto Cão-Guia - ONG Integra
(61) 3345-5585/ 3443-0005
caoguiadf@gmail.com
http://www.mpdft.gov.br/sicorde/caoguia.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário